Grupo de Pesquisas com Abelhas

O Projeto de extensão denominado "Apicultura no Campo e na Escola" foi desenvolvido entre 1996 e 2002, período durante o qual o coordenador do grupo foi responsável pelo Setor de Apicultura do Departamento de Zootecnia. O projeto constava de duas atividades distintas: na primeira, alunos do 1º e 2º graus da rede de ensino pública e privada do Ceará aprendiam a respeitar as abelhas e obtinham informações importantes sobre esses insetos, como por exemplo, as diversas espécies de abelhas que existem, suas importâncias na produção de alimento e polinização, como podem ser criadas e cuidados para evitar acidentes e primeiros socorros. As palestras eram ministradas no próprio colégio, com auxílio de audiovisuais ou na sede do Setor de apicultura, onde os alunos tinham oportunidade de ver e interagir com as abelhas. A maior parte das escolas preferia a visita ao apiário com demonstração prática.

O segundo tipo de atividade constava de assistência técnica a produtores rurais que vinham ao apiário conhecer as abelhas, o seu criatório ou tirar dúvidas, além de visitas às comunidades rurais quando solicitados pela prefeitura local, SEBRAE ou diretamente pelos próprios apicultores. Havia também a participação e divulgação da apicultura e da UFC em feiras e eventos do meio agropecuário.

Consultoria junto ao Programa NordesteMel do Banco do Nordeste para o desenvolvimento da apicultura na região Nordeste do Brasil entre fevereiro e junho de 2001. Além de orientações técnicas sobre o assunto para o próprio banco, 11 palestras foram realizadas relacionadas ao potencial apícola da região e técnicas de produção, nas cidades de São Luís (MA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Salvador (BA), Montes Claros (MG) e São Mateus (ES).

Excursões e visitas técnicas à diversas regiõesdo Ceará tanto com a finalidade de atender demanda de apicultores e instituições locais, como levar pesquisadores eestudantes da nossa instituição e/ou de outras partesdo país e do mundo para conhecer nossas abelhas, a flora nordestina e o ecossistema da caatinga. Alguns exemplo são a visita da delegação do Kew Botannical Gardens de Londres (foto) à Mata Atlântica na Serra de Baturité, expedição de pesquisadores da USP em busca de abelhas nativas em Guaramiranga e Pacoti e viagem de campo com alunos para levantamento do potencial apícola de Mombaça e Brejo Santo.

A chegada das abelhas africanizadas aos EUA em 1990 tem lentamente mudado a apicultura nos estados onde essas abelhas já estão presentes. Em 2001, à convite de apicultores do Arizona, foi dada uma consultoria naquele estado sobre o manejo e a produção de mel com essas abelhas.

Dependendo da disponibilidade de tempo, membros do grupo vêem atendendo há vários anos solicitações de cursos e palestras tanto em Fortaleza quanto em diversas localidades do Estado do Ceará e do Brasil. Sebrae, Emater, Prefeituras Municipais, associações de produtores, cooperativas e escolas tem sido os principais beneficiários.